sábado, 17 de novembro de 2012

Milhas






O que há para ser dito talvez seja infinito
Centenas de frases sem capa
Dezenas de escritos esporádicos
enfileirados na estante do silêncio
Ainda assim não esgotam o mundo fantástico

Em que nos refugiamos :
Dores borradas
Lágrimas aladas
seladas com receios infundados
saltam aos olhos perfurando
O mofo bibliográfico da auto-biografia
Ainda assim quando terminasse a última palavra
Findo todo o alfabeto
No desespero completo
Acaso Identificássemos as nossas grafias e
sobre os papéis jogássemos ácido
a pergunta não roga e incomoda :
Quantas milhas caberão ainda entre os nossos parágrafos ?
 
 
                                       ( M. Almeida ) 


                                  
 
                         

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