sábado, 12 de janeiro de 2013

Vika


Estendia-lhe a mão fascinada , tão pequenina era 
O coração se enchia de alegria ao sentir o toque 
daquele pequeno ser assemelhado à uma fadinha. 
Um biscuit de cachinhos cor de mel e olhos vivazes
Pensei nisso ao dar-lhe o nome .Chamei-a vida.
Trouxe-a à vida  sem perceber que era a minha que ganhava um sentido 
graças à sua existência .
Encantava-me leva-la àquela distante e desconhecida terra da minha imaginação
-uma icógnita até para mim mesma .
Uma criança tentando proteger a outra  da feiura do mundo real que as rodeava...
Uma criança tentando amparar a outra até mesmo de si  e das primeiras marcas que a vida começava a imprimir na pele da consciência.
Bonequinha  morena ,a magia da admiração em seus olhinhos negros,doava aos meus o poder de tecer as mais suaves histórias e canções de ninar .Nossas viagens  à "dream's Land" em uma nave particular contruída só de amor e sopros doados pelo vento noturno que beijava as paredes frias da  velha casa
Abraçadas mais que em corpo , em alma e pensamentos penso que aceditávamos ser imortais e conseguir deter a devastação da inocência causada pelo tempo ( difícil vê-lo como amigo)
Contos ,estórias ,lendas...uma tentiva de colorir a nossa própria história.
Nenhuma jamais conseguiu ser tão linda e mágica quanto a sensação daqueles momentos de aconchego ... nenhuma seria capaz de descrever a perfeição daquela paz momentânea ou o privilégio de sentir a sua presença miúda ,macia e perfumada adormecendo entre os meus braços 

 

                                                        ( M.Almeida )

Pra Vika ,minha bonequinha morena de cachinhos dourados ( sempre vai ser )
                                                       
                                                   




                     

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